terça-feira, 15 de abril de 2014

Fazendo escola

Dizem as escrituras que a "mulher edifica seu lar", portanto coube a ela, nos caretas-anos-oitenta-alo-plumenau-pom-dia-prasil, a decisão de levar os filhos em idade escolar para o mundo, para o livre aprender, pegar o rumo do vento e não das convenções sociais.

"Eu quebrei as janelas e as portas dessa escola", ela me disse, numa entrevista, e virou pra sempre "ÍDOLA", no melhor sentido da palavra, que não é a idolatria pura e besta e sim a mais pura admiração! Parabéns pelo trabalho de Formigona, Heloísa Schurmann. "Pinte seu quintal e serás imortal"!



quarta-feira, 5 de março de 2014

NOVA CARTA A DAVI (a número 5)



Davi, meu filho, faz cinco anos que você chegou. Há exatos cinco anos, nossa casa tem barulho de brinquedo, cheirinho de xampu , sabor de picolé. Há cinco anos, a vida nos brinda com esta mistura de certezas e dúvidas tão comuns a quem está atento à miscelânea de possibilidades que uma vida pode oferecer.

Aos poucos Davi, você tem percebido as diferenças do mundo e o que, dentre elas, cabe na sua mochila de viagem. Sim, você já entendeu que não é necessária uma grande mala, uma pequena mochila de mão está muito bom, obrigado. Algo com espaço suficiente para carregar um punhado de vontade, duas mudas de memórias e um par de sapatos confortáveis para trilhar o caminho de forma leve.

A felicidade, meu filho, é coisa muito simples. Qualquer tempo como uma tarde com pipa, um milho de praia, vento gelado no rosto, brigadeiro de colher. É mais do que sentir. É um escolher, um decidir. Um permitir-se.

Sabe quando você chega da escola e me chama para ver o céu alaranjado lá fora?? Isso é um pedaço da felicidade Davi, algo que também cabe dentro da mochilinha, com espaço para incluir ainda uma dúzia de banhos de cachoeira, boneco de neve, voo de balão, bolinhas de sabão.

E parafraseando o final da carta número 2 (dos seus 2 anos), te desejo feliz 5 anos de vida! Feliz novo mundo que virá. Feliz aprendizado, feliz ensinamentos, feliz reflexões, feliz amizades duradouras, feliz banhos de chuva, feliz primeiro amor, feliz decepções, feliz decisões, feliz descobertas por este mundo de Deus afora.

Que seus dias sejam cheios de céus alaranjados de fim de tarde!


segunda-feira, 5 de março de 2012

O tempo... Ah, o tempo!

 
Sim, é verdade, o tempo passa rápido demais e o meu bebezinho dorminhoco e faminto já está fazendo três anos. Já canta, já conta, já monta quebra-cabeças, já não dorme mais durante o dia, já é cheio de preferências e personalidade. Aquele bebezinho que todos pegavam no colo não quer mais colo. Só quando está com sono e quer aconchego. Daí eu aproveito, tiro a minha casquinha, cheiro o cabelo clarinho e fininho, digo um monte de coisas que gosto de dizer, bem pertinho de mim.

Vez ou outra vemos as fotos dos primeiros meses de vida. Aquelas roupinhas pequenas, os sapatinhos minúsculos. Sinto saudades. Mas também adoro ver o quanto já está mais independente. Gosto de vê-lo quando escolhe suas roupas, seus brinquedos e até faz birra para tomar banho. E depois quando faz birra para sair do banho. Já inventa um monte de músicas e pede para nós cantarmos junto.

A vida é esta eterna saudade que não se explica. Sim, vivemos o hoje. Mas temos saudades do ontem e milhões de ansiedades pelo amanhã. Tentamos deixar viver. Tentamos deixá-lo livre. Maternidade/paternidade não é o mar de rosa que pintam. É ficar adulto, é desprender-se de um milhão de certezas e conviver com outras milhões de dúvidas. É deixar morrer algo aqui dentro. E deixar nascer várias outras sementes lá fora. É ver um mundo completamente inédito, mas também reviver os ciclos da vida. O primeiro dia de aula agora é dele. A homenagem do Dia das Mães agora é minha. E a responsabilidade por tornar esta vida leve é de nós três!

Davi, meu filho lindo. No auge dos teus três anos, tu continuas a iluminar cada vez mais o nosso dia. Educar é o mais belo e difícil desafio, não tenho dúvidas disso. Sejamos leves para fazer a vida leve. Sejamos livres para fazer uma vida livre. Sejamos Davi para fazer uma caminhada doce.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Percussão para crianças (e adultos)!


Estou perdidamente apaixonada pelo Barbatuques!!! Levamos as crias para ver o espetáculo infantil Tum-Pá no Teatro Municipal, continuação do Festival de Música de Itajaí que teve que ser interrompido por causa da enchente de setembro. E posso garantir que valeu muito a pena esperar. 

Referência em percussão corporal, o grupo produz música orgânica utilizando o próprio corpo como instrumento. Melodias e diferentes ritmos musicais são criados a partir de efeitos de voz e da exploração de sons produzidos pelo corpo humano: palmas, estalos, batidas, mãos e pés em sintonia.

Davi, Sara, Pedro, Davi Antônio e Maria Morena ficaram absolutamente hipnotizados, atônitos com a sinfonia corporal + colorido das roupas e do cenário. Quem tiver oportunidade de ver em algum lugar do Brasil, não perca (mesmo) o show do Barbatuques. Quando o Davi viu as fotos do show hoje de manhã, começou a bater palminhas na perna, no joelho e na barriga. O guri captou a mensagem, não?

Sarinha "hipnotizada" pelo Barbatuques






quarta-feira, 26 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Níver-piquenique no parque


Faz um tempinho que eu queria postar estas fotos do niver de seis anos da Malu (filha da minha amiga, sócia, confidente e parceira de boas risadas Luciana Altmann). A data foi marcada por um delicioso piquenique, numa linda e ensolarada tarde de domingo, no Parque Ecológico de Balneário Camboriú. Você sabia que o lugar é lindo, gostoso e bem cuidado para levar as crianças para brincar? Aliássss, você sabia que a “capital do turismo catarinense” tem um parque onde tem até labirinto de árvores?


Fica aqui a dica de uma festinha deliciosa, num lugar adorável, cheio de passarinhos (tinha um ninho de quero-quero protegido pelo pessoal do parque bem ao lado do nosso piqueninque), com direito a toalha xadrez, cesta de palha, mate e um capricho todo especial da mami Lu Altmann na hora de preparar os quitutes da criançada.


Uma festa-piquenique muito "crianaestrada"!

Toalha xadrez e  um dia ensolarado
Malu, a aniversariante
Vê se eu posso com um capricho desses???
Davi e Pedro se divertiram muuuuito
Carol e Sara
A caprichosa mamis
O mate não podia faltar
Malu e a linda Belinha
Corre, corre, corre mamãe!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que é a infância senão brincar, experimentar e errar?

 
A infância e a vida podem ser muito simples, basta querer. Pais como a Larissa Klimeck e o Xande Kammer (meus primos queridos e pais atentos do João, 6, e da Olivia, 3) sabem bem como é isso. Moram em Floripa (SC), num lugar encantado chamado Santo Antônio de Lisboa, e buscam proporcionar aos pequenos uma infância de "curtir coisas simples + valorizar a vida sob todos os aspectos". Abaixo, textinho + fotos by Larissa e Xande.




O que é a infância senão brincar, experimentar e errar?

Isso mesmo: errar! É o que nós pais, muitas vezes, queremos privar da vida dos nossos pequenos. Erros trazem dor física ou emocional, mas é com eles que nós aprendemos e realmente experimentamos. Os erros nos mostram o quanto estamos tentando e vivendo.

 É dificil, como mãe, falar isso ou mesmo agir assim. Meu instinto quer proteger mas, na prática, estou experimentando que preciso liberá-los para o erro e isso é um exercício árduo e diário. Entre erros e acertos, vou seguindo. Eu, com minha maternidade que eu nunca sonhei como seria, nem tenho idéia do que virá por aí. O que sei é que Xande e eu estamos cultivando essas plantinhas preciosas, buscando dentro de nós nosso melhor e muitas vezes mostrando pra eles o nosso pior.
Mas isso também faz parte dessa caminhada. Mostrar para eles que nós, pais, também erramos e que erros são tentativas. E tentativas são treinos. E treinar nos faz mais fortes e preparados pra buscar da vida o melhor.
 
Lari + o cachorro
A casa do cachorro (linda!)

Engenheiro especializado em casa da árvore (rs)


A casa pronta!!!
Hortinha em casa é tudibom


Final do dia

sábado, 24 de setembro de 2011

Mamãe, olha... o sol tá lá fora!



- Mamãe, olha... o sol tá lá fora.
- Mesmo Davi?
- É... Tá lá em cima no céu.
- Que bom, né filho?
- Booooom dia sol!

* Foto do primeiro por do sol da Primavera 2011, na sexta-feira, 17h56. Momento de contemplação e de agradecimento por estes presentes diários. Davi, com dois anos e meio, já é absolutamente fissurado nas movimentações do céu. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não canso de olhar

Imagem que intitulei como "a verdadeira educação", pro concurso fotográfico do portal Extremos no Facebook.
São meus filhos, no meio do nada e do tudo da Patagônia Argentina, janeiro de 2011. Nessas horas eu sou coruja sim, aaaaaamo! Vota lá!



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CRESCER

Quem tenta ajudar uma borboleta
a sair do casulo a mata.
Quem tenta ajudar um broto
a sair da semente o destrói.
Há certas coisas que
não podem ser ajudadas.
Tem que acontecer de dentro para fora.

(Rubem Alves)


domingo, 31 de julho de 2011

Dia de cria




Quarta-feira de férias escolares, clima gostoso e que favorecia a criatividade para ocupar o tempo do Davi, de 2 anos e 4 meses e muita energia para gastar. O olhar repentino para o baldinho + bola no canto do quarto + toalha felpuda remeteu imediatamente a ela, paisagem permanente de quem mora aqui: A PRAIA.

Coisa boa se jogar nela no inverno, naqueles dias de solzinho gostoso, nenhuma viv’alma para tirar o sossego de esticar uma toalha embaixo da árvore, espalhar os apetrechos da cria ao redor, olhar para o céu azul, fazer um lanchinho-piquenique quando a fome bater. 

Uma das vantagens de ser jornalista “por conta” é ter a liberdade de dar um gás no trabalho pela manhã e se jogar na areia com a cria em férias escolares de julho à tarde, num daqueles momentos sagrados do dia e da vida. A gente se renova (e tudo se renova-de-novo).

Assim foi este dia, no melhor estilo “eu moro onde você passa férias”.


Inverno-sossego



Lanchinho-piquenique

Recarregando as baterias

Mãos à obra,

terça-feira, 26 de julho de 2011

Primeiro as damas!

Primeiro as damas: estréia da Malu
É emocionante presenciar a primeira escalada de alguém. Com as crianças é ainda mais especial.
As reações ficam mais reações, sabe como? É a natureza humana no seu estado mais puro, cada um com seu jeito, cada qual único e distinto, valoroso, perfeito. Nesse domingo tive o prazer de ver quatro estréias, cada qual com sua graça, molecadinha e molecadona se testando e lidando com as emoções.

A Malu, 5, foi a primeira, ansiosa que estava, esperava pelo momento há muito. Sem titubear fez a via completa e honrou o título (a "Primeiro as Damas" fica num sitiozinho em Camboriú). Muito impressionante, muito inspirador, muito livre de condicionamentos.

O Rogemiro, que mais uma vez foi o responsável pela iniciação da moçada, ficou completamente atônito com a cena. Disse que nunca viu nada parecido. E os diálogos? E o conversê alheio das outras crias, que ficaram, de boa aberta, olhando pra cima ela ir e ir e ir? Alto, mas alto, e ela de molecagem e riso, vez em quando saía, um "ain, medo", mas já passou e foi e foi e foi. Damíssima, linda estréia.










LÁ! longe

- Anda Malu! Desce, já deu!
- NÃO! Quero mais!
- Ela tá viciada!, dizia o Pedro.
- E isso.
- E aquilo.

Que movimentação! Que linda leitura. E é assim é que é.



Eu, particularmente, fiquei duplamente, triplamente, quadruplamente feliz e emocionada, porque a Lu Altmann, a mãe da Malu, também experimentou a brincadeira e, com toda sua pimentice, não pensou duas vezes e tocou pra cima, tipo mãe-de-lagartixinha-lagartixa-é. Que LINDA! Minha amiga de tantos anos, de tantas histórias, compartilhamos mais essa, assim no susto. Não se faz esse tipo de atividade com qualquer um, precisa alto grau de confiança. Pra não se machucar, mas pra também poder ficar à vontade, mostrar quem é; reforçar os vínculos. Nú e crú, e firme como um nó de oito.

Meninas super poderosas 
Pedroca

Pedroca

Duda

Lanchinho

João

Davi

E a Lú